Ana Loureiro esteve esta quarta-feira, dia 14 de junho, à conversa com Manuel Luís Goucha durante o programa da tarde da TVI.
A acompanhante de luxo e proprietária de uma casa em Lisboa onde 28 mulheres vendem o corpo, defende a legalização da prostituição.
“A prostituição não traz nada de bom. Por isso é que queremos sair, mas ninguém nos dá oportunidades“, desabafou.
“Depois de estar tudo encaminhado, não quero continuar a ser prostituta. Quero uma vida diferente para mim. Quero acabar os meus dias a fazer o bem. Não quero que os meus filhos me conheçam como: ‘A minha mãe foi prostituta e autora da legalização’. Quero que me conheçam como: ‘A minha mãe foi uma senhora que conquistou o respeito de uma sociedade’“, frisou.
Questionada se já não tinha dinheiro suficiente para abandonar a profissão, uma vez que já é acompanhante há 15 anos. “Não porque eu dou tudo. Ajudo as raparigas. Elas pagam metade, é 50/50, mas às vezes não porque chegam com muitas despesas, rendas em atraso…“, respondeu.
Ana Loureiro revelou ainda que escreveu um livro mas não conseguiu ganhar dinheiro com o mesmo e ainda ficou a dever à editora.
“Vou-lhe dizer isto com todo o meu coração, eu lancei um livro [‘Eu Sou uma Acompanhante de Luxo: O retrato fiel de uma certa prostituição em Portugal’], os meus filhos leram o livro, só não queria que eles me apontassem o dedo, e pensei que se ia fazer dinheiro, como a Carolina Salgado, ao menos o meu tem história. Não vendi nada até agora e ainda fiquei a dever 2 mil euros à Leya [a editora]“, confessou.
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