A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 56 milhões de mulheres e meninas em África estejam infetadas com a doença chamada febre do caracol.
Mais consigo como esquistossomose genital feminina (FGS, no acrónimo em inglês), a patologia – que pode causar infertilidade – é causada por um parasita que se liberta do caracol quando este está dentro de água, que se introduz na pele, aloja na corrente sanguínea e, no caso das mulheres, instala-se no colo do útero, onde produz ovos.
A notícia avançada pelo jornal britânico The Telegraph indica que a prevalência está no rio Kafue, na Zâmbia, e pode provocar bloqueio das trompas de falópio ou gravidez ectópica. Nos casos mais severos, pode até levar a cancro do colo do útero e bexiga e morte.
A febre do caracol é ainda responsável por lesões que fazem disparar em quatro vezes o risco de infeção por HIV.
Embora ainda não haja uma vacina para doença, é tratável através de tratamento preventivo anual.
A doença pode levar anos a manifestar-se, sendo depois detetável através de sintomas como inchaços nas zonas onde os parasitas se alojam, febre, vómitos, diarreia, dores genitais e musculares e sangue na urina.