Foi um “outro homem”, de barba por fazer e “olhos molhados”, aquele que se sentou à conversa com Manuel Luís Goucha. Na primeira grande entrevista depois da morte da filha mais nova, Sara, transmitida ontem pela TVI, Tony Carreira emocionou-se, reconhecendo que está “a tentar encontrar um sentido” para a vida, até por ter mais dois filhos, David e Mickael.
Diz que ele próprio já não conta e que morreu “por dentro” com a partida da sua menina. “Revoltei-me contra o mundo inteiro e, neste momento, ando à procura de uma fé. Eu que não acreditava na vida depois da morte, hoje agarro-me a essa esperança”, afirmou, querendo acreditar que a jovem “está num sítio especial”.
Pouco mais de cinco meses após a perda, o cantor recordou que “a Sara era a luz, era a alegria”. “Era a minha princesa, era a mulher da minha vida. Nunca vi a Sara falar mal de ninguém… Foi muito o equilíbrio na minha separação”, acrescentou, assumindo que foi “um super pai” com a Sara. “Eu anulava-me por ela”, declarou Tony, depois de reconhecer que “é um vazio total” a sua ausência. Agora apetece-lhe “cantar para ela”, até porque “a música cura”. Para ter a cabeça ocupado, já pediu ao agente para lhe marcar espetáculos no mundo inteiro.
A ida da Sara uniu o artista e a ex-mulher, Fernanda Antunes, apesar de, como frisou, nunca terem deixado de ser uma família, mesmo com o divórcio. “É muito importante estarmos juntos, não há dia que não almocemos ou jantemos”, disse, esclarecendo ainda que o seu coração está ocupado.