Máscaras regressam ao Santa Maria após aumento de casos de Covid – 19

Máscaras de proteção regressaram ao Hospital de Santa Maria depois de a unidade hospitalar de Lisboa ter registado um grande aumento de doentes com Covid-19.

Segundo o Coordenador do Programa de Controlo de Infeções do Santa Maria, Álvaro Ayres Pereira, nos últimos tempos os casos de doentes que deram entrada no hospital infetados com coronavírus quadruplicaram.

“Tínhamos uma média que não chegaria a uma dúzia de doentes internados com Covid (não por Covid, porque são pessoas internadas por outras patologias). No fim do mês de agosto, assistiu-se a um aumento, o que motivou estas recomendações das máscaras. O número começou a aumentar para cerca de 50 casos”, revelou em entrevista à CNN Portugal, acrescentando que a situação ficou “um pouco descontrolada”, uma vez que não conseguiram perceber de onde é que vinha o vírus, “se era dos doentes, dos profissionais, das visitas”.

De acordo com o responsável esta recomendação é, sobretudo, “para o internamento”.

Para o médico, este crescimento de casos de Covid-19 ocorreu sobretudo devido a três fatores: “uma variante muito contagiosa do vírus”, às férias e à realização da Jornada Mundial da Juventude, “uma vez que este aumento aconteceu 10 dias após o evento”.

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN), ao qual pertence o Hospital de Santa Maria e o Pulido Valente, emitiu a 1 de setembro uma norma a recomendar o uso de proteção durante as visitas aos doentes e a todos os profissionais das áreas de internamento. 

De acordo com essa norma, os familiares e outras visitas aos doentes devem assim usar sempre máscara e reforçar a higienização das mãos. É ainda recomendável que o número de visitas “seja no máximo duas por dia, não devendo permanecer junto ao doente internado mais do que um visitante de cada vez”.

Já aos profissionais de saúde “das áreas clínicas com internamento” é aconselhado que usem proteção facial aos prestar cuidados de saúde e reforcem o “cumprimento das precauções básicas” com “principal incidência na etiqueta respiratória” .